Titular: Helio Fernandes

terça-feira, 4 de novembro de 2014


*Titular: jornalista Helio Fernandes que durante 46 anos foi diretor do jornal Tribuna da Imprensa. Agora com suas matérias exclusivas, e também a participação de colunistas especialmente convidados. (NR)

ESTÁ ABERTA A CORRIDA PARA A SUCESSÃO DE 2018. LULA E A OPOSIÇÃO, DISPUTANDO DESDE AGORA. DILMA NÃO TERÁ IMPORTANCIA.

HELIO FERNANDES
04.11.14

Era previsível e até natural, Antes da posse do segundo mandato, já se discute abertamente e nos bastidores, quais serão os candidatos para o terceiro. 2018 eleitoralmente é logo ali e politicamente já chegou. Falaram tanto em mudança. Na campanha que terminou, mas haja o que houver, estamos longe de modificações ou até de surpresas de nomes.

Não gosto de fazer análise a longo prazo, com praticamente quatro anos 
de antecedência. Alem das dificuldades do tempo, existem os imprevisíveis ou imponderáveis. Principalmente quando os personagens que participarão dessa novela que começa agora, estão todos numa idade, em que a proximidade pode ser não o Planalto, mas o Einstein ou o Sírio Libanês.

Os nomes estão ai, soberbos e indiscutíveis, os partidos são 32, (28 até agora com representação parlamentar) mas nenhum deles é capaz de produzir uma indicação presidencial. É triste, lamentável, desesperançoso, mas rigorosamente verdadeiro.

Congresso que discute se o presidente da Câmara mesmo Eduardo Cunha, e o senado se reelegerá Renan Calheiros, estará beirando o absurdo, numa possível tentativa de eleger um presidente.

O PT quer continuar no projeto de que está ameaçado de perder, por incompetência de Dona Dilma, e pela ausência de nomes. Em 2018 contemplará (completará?) 16 anos no Planalto-Alvorada, mas o próprio partido tem duvidas a respeito de completar 20 anos dominando o país.

Falei em duvidas, deveria ter escrito dívidas, que o PT contraiu consigo mesmo do ponto de vista ideológico, administrativo, até ético e moral. Os fundadores da legenda sabem que o PT não é mais o mesmo, se desfigurou, começou na esquerda, caminha para o centro-direita, em alta velocidade, Sem pudor ou constrangimento, mesmo sem perceber.

Por tudo isso, o partido ficou prisioneiro de Lula, que já era o mais importante desde a fundação. Depois de três derrotas seguidas, fato inédito no mundo ocidental, está pronto para repetir a façanha. Só que precisa olhar para a carteira de identidade e constatar a grande diferença. Em 2002 tinha 57 anos, em 2018 já estará com 73, não será o senhor da própria eternidade. Ficará dependente e dependendo de outros fatores.

O PT não tem presidenciáveis Se as coisas não sofreram alterações bruscas, Lula é o “cara”. E se ganhar, não se surpreendam se com 77 anos resolver que tem que continuar morando no Alvorada e despachando no Planalto.

Pelos mais diversos motivos, visíveis, o PT se modificou inteiramente, já não acredita mais, no que acreditava antes. E com base nisso ou mesmo sem a afirmação se sustentando, o PT só tem um presidenciável, Luiz Inácio Lula da Silva.

Nem postes mais estão disponíveis. E o desespero é tão grande que acenam até com o nome de Mercadante, para uma candidatura que substituiria Lula, num contratempo. Derrotado duas vezes para governador de São Paulo, (2006 e 2010) desde 2002 ”sonha” com o Ministério da Fazenda. Ainda está na lista. Junto com o Trabuco ou outro banqueiro mais afoito, mesmo sem nome tão agressivo.

Esse é o quadro presidencial do PT para 2018. Com apenas um nome, sem poder se afastar dele, mas com plena consciência de que não basta o prestigio interno para a indicação. Se Dona Dilma governar (?) até 2018, chegará sem a menor repercussão política. E eleitoralmente, todos fugirão dela.

PS- Amanhã examino a situação do PSDB e no PMDB. Alckmin descarregou os votos de São Paulo em Aécio, este assumira o compromisso de acabar com a reeleição. Agora com os 50 milhões de votos, Aécio será um problema.

PS2- E não esqueçam de Serra. Tem 72 anos, em 2018 estará fortalecido pela oposição que na certa fará no Planalto. E o PMDB, quem diria, “estuda” lançar candidato próprio. Por enquanto não tem “vontade” nem candidato. Acredita num correligionário que não se elegia deputado, em 2018 estará a uma batida do coração da presidência mas sem votos. Que Republica.

O separatista Putin.

Surgindo e se mantendo como “homem forte” da KGB, acredita que está em plena União Soviética com o “muro de Berlim” ainda tendo que ser ultrapassado. Invadiu a Ucrânia, militarizou os separatistas, invadiu a própria Ucrânia, é acusado até de derrubar aviões.

Insuflou a eleição de domingo, fez acordo com os países da União Europeia, “não tomarei o partido” na eleição que ele mesmo “organizou”. 24 horas depois, publicamente garante o “resultado” da farsa.

Ele mesmo muda de “presidente para Primeiro ministro”, faz o contrario continua no poder. Como uma espantosa farsa. Que todos aceitam, com medo de uma “guerra nuclear”, que seria a última.

Ministro da Fazenda.

O ex-empresário do Pão de Açúcar, Abílio Diniz, trabalha intensamente para conseguir o cargo. Só tem uma possibilidade em um milhão de ser nomeado: se Lula indica-lo. Mas tem um milhão de chances contra: se Lula indica-lo, Dilma não o nomeia.

PS- Essa “guerra” de telefônicas, com apoio do governo, é no mínimo estranha. A Oi, Claro e Vivo, insistem em comprar a Tim. As ações desta que estavam a oito reais, ontem já foram negociadas a 14.

PS2- Por que o governo insiste em acabar com a competitividade: Com menos empresas no mercado, o consumidor não será beneficiado. E essa Portugal Telecom, que foi citada até no julgamento do mensalão?

PS3- A Oi tem uma parte das ações dessa Portugal Telecom, recebeu proposta para vender por quase nove bilhões. O que existe por trás que não sabemos e não explicam?

PS4- Depois dos juros subirem na quarta-feira, o dólar subiu na quinta. Especuladores e órgãos de comunicação festejaram na quinta, mas como subiu na sexta, perguntei o que aconteceria ontem, segunda.

PS5- Subiu, ultrapassou a “casa” dos 2,50, todos continuaram em silencio, nada respeitoso ou respeitável. A Bolsa também caiu, menos 1,25. O dia não foi satisfatório para os acionistas. Mas os especuladores, que ganham na alta e na baixa, não se incomodaram.








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