Titular: Helio Fernandes

sábado, 10 de janeiro de 2015

RESPONDENDO A PERGUNTA SOBRE HISTORIA DO BRASIL. O MINISTRO DE DONA DILMA É UMA PIADA INACABÁVEL NUM MOMENTO INACREDITÁVEL. (PARA ELA). E A TRAGEDIA DA LIBERDADE DEPREDADA NA FRANÇA. MORREM OS TERRORISTAS, NÃO MORRE O TERRORISMO.

HELIO FERNANDES
10.01.15

As posses vão se sucedendo, as incoerências aparecendo. Agora o personagem é Gilberto Kassab. Representa o PSD, no Ministério das Cidades. Quando fundou o partido, falou como explicação da falta de convicção: “Não somos de centro, de esquerda ou de direita”. Deveria ser cassado pelo Tribunal Eleitoral, por causa dessa confissão total de falta de destino.

Na posse continuou o carreirismo, oportunismo ou ausência completa de dignidade. Declarou: “Sou ministro, pode se apoiar um governo, divergindo”. Uma política (é assim que se chama?) que dá nojo, náuseas, revolta. Pelo Ministro e pelo governo que representa.

 “A Pátria-Educadora”.

A frase-compromisso é da presidente Dilma. Logo traída e desacreditada por ela mesma ao nomear o ex-governador Cid Gomes, Ministro da Educação. Como revelei em junho de 2013, ele pediu a Dilma: “A senhora será reeleita, quero ir para o exterior. Preciso aprender, me atualizar, há anos não abro um livro”.

Queria aprender, (louvável), cancelou o projeto, assumiu outro: ser Ministro da Educação, transformar o Brasil na “pátria-educadora”. Agora, começam os cortes nos ministérios, o da Educação perde logo sete (7) bilhões no orçamento.

E o povo, não vai para as ruas protestar, revoltado com as contradições? Em junho de 2013, com bandeiras, esgarçadas, muito menos importante, obtiveram sucesso.

O fim da tragédia e dos terroristas.

A partir de 13 horas da França, rumores colossais de que os terroristas estariam cercados num mercado judaico, numa cidade do interior da França. Uma parte grande da policia se dirigiu para lá. E começaram a circular até ás 16 (13 daqui) o que ninguém sabia se fato ou boato.

Os primeiros informes antes de se transformarem em informações, se referiam aos “dois assassinos dos jornalistas”, que estariam com cinco (5) reféns. Nada oficial, mas o local onde os terroristas aparentemente estariam, completamente cercado por todos os lados.

Não havia negociação, a ordem era de tentar salvar os possíveis reféns, mas não deixar os terroristas escaparem de jeito algum. Se fosse necessário mata-los, nenhuma dúvida.

Às 18 horas de lá, as primeiras notícias com sabor ou fundo oficial. Os terroristas estavam mortos, quatro dos reféns “teriam morrido”. Sobre este final, ainda alguma dúvida, mas era fácil presumir ou concluir, que se os terroristas estavam dispostos a morrer, o governo da França dera a ordem para matar.

Ás 20 horas de lá confirmação total: Os terroristas morreram. A violência e o terrorismo jamais destruirão ou acabarão com a liberdade. A essa hora, o Presidente Holland falava na televisão, visto no mundo todo. A angustia agora ele pelo futuro, Mas haja o que houver,
SOMOS TODOS CHARLIE.

Respostas

Sem polêmica, apenas esclarecimento. A questão é complexa, mas em 1965 Lacerda já apoiava a Frente Ampla (que começou na minha casa) ia a Montevidéu conversar com Jango, depois de JK. Em outubro de 1964, Castelo convidou Lacerda para Embaixador na ONU. Grande orador e falando vários idiomas, parecia um convite razoável.

Lacerda me chamou, contou, perguntou apenas para receber uma resposta, já havia decidido: "Aceito?". Não disse sim ou não, apenas analisei: "Eles querem tirar você da jogada, sem trauma ou rompimento. De qualquer maneira você não tem mais nenhuma chance de ser presidenciável, os generais já traçaram o próprio caminho ou destino”.

Recebido por Castelo agradeceu o convite, leu na redação da Tribuna da Imprensa o "Manifesto da Frente Ampla" (redigido por este repórter). Total condenação ao golpe, gesto generoso. Foi a Montevidéu, eu ia também, não pude sair do Brasil. Jango perguntou logo: "O jornalista Helio Fernandes não vinha senhor? Aqui a satisfação entre os mais 200 exilados é a chegada da Tribuna. Admiramos a sua luta diária, combatendo sem sair do País, sem fazer concessões".

O problema que dominou a vida inteira de Lacerda: 50% das pessoas tinham admiração por ele, 50% repudio total. O trauma, mais do que uma consequência, parece continuar, mesmo depois de 38 anos de sua morte.

Sonia D'Avila, competente e pertinente a colocação. São meus amigos de quase 50 anos. Mas não gosto nem quero influir ou interferir na decisão de ninguém. O Nery acaba de publicar mais um livro, com o titulo, "Ninguém me contou, eu vi". E relembra 60 anos de jornalismo, "de Getúlio a Dilma". Excelente rememoração e recordação da Historia do Brasil.

Nesse livro, Sonia, há uma entrevista que o Nery fez comigo em 1977, publicou na revista Status. Não me lembrava de nada, o Nery ocupou 52 páginas do livro, (são 509 no total) com a entrevista. Está atualíssima. Fiquei satisfeito, conversamos como antigamente. 

Só que ninguém pode ocupar dois espaços, simultaneamente, com o mesmo recado jornalístico.

Segunda feira

O artigo rigorosamente histórico que escrevi sobre a morte do ditador Castelo Branco, está completando 48 anos. Ia ser publicado no livro sobre Fernando de Noronha.

Já vim com o livro pronto, todos queriam publicar, inclusive Carlos Lacerda, que ainda não estava cassado, dirigia a Nova Fronteira.

Era 1967, a ditadura PROIBIU de todas as maneiras, apesar da censura só ter começado em 1968. Mas eu tinha todas as prioridades das perseguições. Editoras, distribuidoras, livrarias, foram todas BLINDADAS e INTIMIDADAS para não publicar o livro, o que fazer?

Um Bispo da Baixada, depois um grande da resistência (já morto) resolveu imprimir o livro. Mas suas máquinas eram menores do que o seu amor á liberdade, não deu para imprimir mais do que 600 exemplares, dei a amigos, é lógico, todos queriam.

Neste 48 anos, recebi pedidos para revelar pelo menos o artigo, o que estou fazendo agora, é historia pura.
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Nossos leitores podem fazer comentários e se comunicar com o colunista, através do e-mail:
blogheliofernandes@gmail.com
As respostas serão publicadas aqui no rodapé das matérias. (NR).

Helio,

...Estou agora pela última vez. Digo que o senhor é o jornalista mais polêmico do Brasil. Rechaçar a polêmica sobre Lacerda, não me passaria pela cabeça. Aceite minhas desculpas.
Ralph Lichotti - Niterói.

Ao Helio Fernandes.

Durante toda história da Tribuna, segundo me consta nunca foi publicado em suas páginas, aquelas famosas “tirinhas de quadrinhos”. Alguma coisa contra?
Wilson Ferreira – Rio de Janeiro.

Helio,

A Tribuna, poderá voltar a circular, com venda em bancas?
Eloy Paredes – São Paulo.







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