Titular: Helio Fernandes

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

BC tumultuou e complicou e ainda arruinou a própria reputação

HELIO FERNANDES

Ontem, logo depois de conhecida a decisão de manter os juros, escrevi que a repercussão negativa seria terrível.

Não foi terrível e sim trágica, drástica, dramática, catastrófica. E rigorosamente contraditória e até incompreensível. Abandonou o que parecia uma convicção, mergulhou na mais espantosa incerteza.

E confundiu todos os analistas, empresários, banqueiros, até os que concordavam com ele. Traiu o passado, desesperou o presente, desesperançou o futuro.
Até ontem, a impressão é que o BC tinha como principal inimigo a inflação, apesar dela atingir os "dois dígitos" tranquilamente.

Agora as baterias do BC parecem voltadas contra a recessão, “a inflação será derrubada sem a participação obsessiva do BC". Basta verificar as opiniões dos que se manifestaram ontem.

Os economistas-chefes dos 5 maiores bancos, discordaram totalmente. Um queria mais aumento, outro defendia a manutenção da taxa em 14,25 até o fim deste desarvorado 2016. E um dos mais importantes e participantes banqueiros, não se escondeu mas não acertou: "Agora está aberto o caminho para a Selic baixar para 13 reais".

As Confederações do comercio, da indústria e dos trabalhadores, discordavam, se confrontavam, não encontravam um roteiro de concordância e de unidade.
Ninguém poupou o Presidente Tombini, massacrado coletivamente, impiedosamente destratado. Errou muito a partir do comunicado do FMI, deixou a impressão de que respeitava e temia o órgão que passou a vida sendo amaldiçoado por todos os países.

Tombini não tem salvação. E pior ainda: mergulhou o BC no subterrâneo da descrença e do desalento. 99 por cento dos que se pronunciaram ontem, exibiam a mais completa perplexidade. Não acreditam mais no BC, e nos seus objetivos. Isso é o mais grave de tudo. Perdão, gravíssimo é a satisfação de Dona Dilma. 

Brasília, apavorada, espera o fim do recesso.

Falta pouco mais de uma semana para a capital readquirir a movimentação de sempre. Só que agora, em pânico, aterrorizada. A crise dos juros ganhou manchetes, mas no fim de semana já terá desaparecido. A Lava-jato voltará absoluta, Executivo, Legislativo e Judiciário dominarão os acontecimentos. E surgirão decisões que envolverão as maiores personalidades. Uns como julgadores, outros como julgados. E como para muitos o tribunal será o Supremo, não haverá nem a esperança de recursos infindáveis.

Pode haver uma interrupção ligeira por causa do carnaval, será retomado o ritmo decisório, melhor seria dizer, condenatório. Poucos escaparão. 

Analises disparatadas ou desastradas.

O Itaú BBA diz que o preço do petróleo não tem influencia negativa sobre a Petrobras. Ora essa, o petróleo é a vida da empresa. Quando o barril era vendido a 165 dólares, lucro fabuloso. Agora, girando em torno de 30 dólares, prejuízo irrecuperável.

A Moodys garante que mantendo a Taxa Selic sem aumento, a expectativa é de crescimento inflacionário. Todos querem juros mais altos. A Selic já esteve em 7 por cento, a inflação rondava por aí. Agora a Selic dobrou, e a inflação está em dois dígitos. 

Nelson Barbosa discursando na Suíça: “A recessão não é o normal". Com os erros cometidos no primeiro mandato de Dona Dilma, essa recessão é normalíssima. E ele, Secretário Executivo nos dois primeiros anos, colaborou para o fracasso.

1- O encontro do vice com a presidentA, não teve a menor repercussão. Temer, que se queixava de ser decorativo, passou a vegetativo.

Se conhecesse Historia do Brasil, saberia que os vices passaram sempre pelos mesmos problemas. Sábio foi Getulio Vargas. Ficou 15 anos no poder (1930 a 1945) e jamais teve um vice.
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Helio Fernandes:

Sou seu leitor, admiro sua franqueza, e a precisão das datas e momentos da história política do Brasil, narrada com total lucidez. Confio plenamente nas suas informações. Por isso peço que explique com mais exatidão sobre a morte do presidente Tancredo Neves, antes da sua posse.
 O texto abaixo é de um colega que publicou em seu blog.

Afinal mataram Tancredo Neves? 

"Tancredo foi assassinado quando perceberam que a vitória era inevitável 

Após 38 dias de agonia, e sete cirurgias, o primeiro presidente civil eleito desde o Golpe Militar, morre. Assume o vice da chapa, José Sarney, do PFL, partido fundado por dissidentes do PDS. Com ele, o poder permanecia nas mãos dos que apoiavam o regime militar. Muitos acreditam que sua morte tenha sido um plano arquitetado pelos líderes do regime autoritário, quando perceberam que sua vitória era inevitável.

Sabe-se que o hospital da Base de Brasília não possuía todas as exigências para a cirurgia que ele deveria sofrer. No entanto, os médicos vetaram a transferência para o Instituto do Coração, em São Paulo, alegando que a cirurgia deveria começar, em, no máximo, uma hora. Somente três horas depois, os médicos começaram a operação, com 40 pessoas dentro do centro cirúrgico. 

Outro fato estranho: ao mesmo tempo em que Tancredo era internado com fortes dores abdominais, o seu mordomo, João Rosa, começou a sofrer dores similares. João, funcionário do Planalto, acompanhava Tancredo em sua residência provisória, na Granja do Riacho Fundo. Ficou 16 dias no hospital e, como Tancredo, sofreu sete cirurgias antes de morrer. A doença foi diagnosticada como diverticulite - primeiro diagnóstico do presidente

João e Tancredo sentiram os mesmo sintomas num intervalo curto de tempo. Como conviviam no mesmo local, pode-se suspeitar que ambos tenham sido envenenados: o presidente eleito era o alvo principal; o mordomo tivera o azar de estar no local errado, na hora errada.

Outra pista de que a morte de Tancredo não foi fatalidade, mas um plano minuciosamente arquitetado: em 1996, durante uma entrevista ao programa "Roda Viva", de São Paulo, o general Newton Cruz admitiu que, em outubro de 84, quando era comandante militar do Planalto, foi procurado pelo então candidato Paulo Maluf, que teria proposto um golpe militar, caso Tancredo fosse eleito, justificando que o adversário estava muito doente. 

Como Maluf poderia saber da doença de Tancredo com seis meses de antecedência?" 

No mês da morte de Trancredo A rede globo mostrou uma reportagem especial sobre a morte de trancredo. 

Conversando com um professor de história ouvi a história de que Trancredo Neves foi assassinado,então eles inventaram o conto da diverticulite,que agora vem sendo questionado e a rede globo tenta manter as aparências de seu passado militar. 

O que sei é que no dia de sua posse,na missa celebrativa(catedral de Brasília),acabou a luz e ouviu-se um tiro(ou algo parecido),...dias depois foi divulgado que Trancredo teve uma crise e estava no hospital(UTI),no caso ele já estaria morto,mas os militares que por sinal apoiavam Sarney,encobriram a noticia e deixaram para divulgar sua morte no dia 22/04,coincidência com Tiradentes?,não fizeram isso pensando na comoção nacional... 

Diz-se ainda que a repórter Gloria Maria, presenciou a cena,e teve que ir fazer umas ”reportagens” por alguns anos na Finlândia... 

Wellingthon Ferraz
...

Trocaram a data do aniversário do jornalista Helio Fernandes?

Outro dia, consultando o seu nome e as matérias no Google, vi, que um desses tantos ditos bloguistas que se anunciam editores da Tribuna online publicou com todas as letras o seu aniversário de 95 anos, agora no mês de janeiro.

Em que louve a bela idade, devo afiançar, que na qualidade de seu leitor há anos, o seu aniversário é dia 17 do mês de outubro e, então o afoito tal que publicou, cometeu uma “gafe”, sem precedente. Se o conhecer, e for do seu conhecimento a publicação, sugiro que diga para ele ler e conhecer melhor o grande jornalista Helio. Mande-o visitar o Winkipidia, apesar deste ter errado o ano do seu nascimento colocando no ano de 2020, quando foi em 2021. - Celso Maria do Nascimento.
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Helio,

Vejo  que aos poucos esta desistindo de acreditar no impeachment da presidente Dilma Rousseff.  Isso ocorre por alguma razão que você ainda não explicou para seus fiéis leitores?

Abraços
Mario Silveira Neto.

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