Preço do petróleo assusta o mundo, compradores e
vendedores não se entendem.
HELIO FERNANDES
Tem havido muito
mais reunião do que o noticiado. É que agora o controle não está mais com a
riquíssima e luxuosa OPEP. Cada um briga pelos seus próprios interesses.
Realidade que ninguém consegue superar. Ha 3 anos um barril era vendido (ou
comprado) entre 150 e 180 dólares. Ontem os negócios não saíam da faixa de 26 a
27 dólares.
Num
calculo rápido, 5 vezes menos. Excelente para os compradores, péssimo para os
vendedores.
China e Índia,
os maiores compradores, gastam com petróleo 5 vezes menos, podem investir em
outros setores. Estão satisfeitíssimos. Arábia Saudita, o maior produtor e
exportador, acumula dividas de mais de 1 trillhão. Querem que reduza a
exportação, tem medo de perder o mercado. Rússia, o segundo (juntando petróleo
e gás) está em situação desesperada. Não sabe o que fazer, inflação de 12 por
cento, dividas colossais.
Países da
África perdem dinheiro, mas não entram em desespero. Um exemplo: a Nigéria.
Como seu petróleo está praticamente "á flor da terra", o custo de
extração é baixíssimo. Por enquanto está "empatando".
É evidente que "adoraria” o preço antigo.
Provavelmente
o país mais prejudicado é o Brasil. Fator principal: era o único que tinha
produção localizada, e pelo que a própria Petrobras divulgava, volume tão
grande que duraria até "o fim do mundo". Só que estava a 7 mil metros
de profundidade, 2 mil metros de água, 5 mil de obstáculos. Com o preço antigo,
era um país de sonho. Por isso é chamado de pré-sal, apesar do custo de
extração por volta de 45 dólares. Com o preço de agora, pesadelo inacreditável.
Reuniões
e mais reuniões, o Brasil não comparece a nenhuma, compreensível, toda a
preocupação vai para a espantosa corrupção. No dia 4, reunião importantíssima,
nos EUA. Por que lá, depois que aparentemente se tornaram independentes, com a
descoberta do xisto? È que levaram 2 anos para constatar: a energia do xisto só
é comercial com o barril a 45 dólares. Começaram então as especulações, o
aumento dos encontros, as estimativas do preço de agora até o fim deste nada
agradável 2016.
Especialistas
garantem: no fim do ano, o barril estará a 60 dólares, alguns avançam a números
mais promissores. Para os vendedores. Nem discordo. Não ratifico. Mas aí entra
a indiscutível lei da oferta e da procura. Está marcada nova reunião para o dia
25, lá mesmo, nos EUA.
O PMDB se contorce entre a realidade, e o
malabarismo e a ambição de Temer.
Ha mais
ou menos 6 meses, o vice deu entrevista confirmando, "o PMDB terá
candidato próprio em 2018, sou um dos nomes". Nenhuma surpresa, pouco
antes, sentindo a fragilidade de Dona Dilma deu entrevista. Textual: "Precisamos
de alguém para reunificar o pais". Depois veio a carta. Grande repercussão
negativa, por causa do conteúdo.
Agora,
deixando 2018 para o calendário eleitoral da época, se concentra em vários
objetivos, todos bem mais perto. Quer ser presidente do partido. Com apoio
irrestrito do companheiro Eduardo Cunha. Considera importante eleger o líder do
PMDB na Câmara. Principalmente pelo fato de Hugo Motta ter sido lançado e
apoiado pelo companheiro Eduardo Cunha.
Apesar de
o impeachment estar ha muito em maré de baixa, continua apostando nele. Por
dois motivos. Será beneficiado imediatamente pela promoção de vice a
presidente. E por ser uma batalha comandada pelo companheiro de sempre, o
intimissimo Eduardo Cunha. Só que agora um problema assustador, e não pode
contar com o apoio e a colaboração do eterno amigo Eduardo Cunha.
Trata-se
do TSE. Intimado a se defender, terminou o prazo, entregou o que foi redigido
pelos advogados. Fragilidade extrema. Tentou se defender, atacando os adversários.
(No caso o PSDB). Como de habito, abandonou a presidente Dilma. Se tiver ganho
de causa e Dona Dilma for cassada, assume sem demora. Sua tese: "a chapa é
única, mas o financiamento é individual".
Totalmente
desinformado. Existe um fato não contestado. A tendência do TSE é julgar a
chapa como um todo. Cassa os dois, ou absolve os dois. A defesa de Michel Temer
teve péssima repercussão. E uma coisa é certa: ele não tem bala na agulha, para
tantas batalhas simultâneas.
O combate ao mosquito.
O governo
anuncia para amanhã, sábado, mobilização gigantesca contra o vírus da Zika. 350
municípios serão visitados. Altas autoridades, Ministros, quase 200 mil
militares, mostrarão ao povo, que nesse setor o governo não está omisso. È uma
boa idéia, embora não seja tão gigantesca. O Brasil tem 5 mil e 500 municípios,
350 representam 6 por cento.
A própria
Dilma participará, escolheu o Rio de Janeiro. Não fosse a causa nobre, sua
impopularidade seria um risco, aí sim, gigantesco.
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Nossos leitores podem fazer comentários e se comunicar com os colunistas,
ESTA MATÉRIA PODE SER REPUBLICADA DESDE QUE CITADO O NOME DO AUTOR
Prezado Hélio
Fernandes,
Sempre costumo ler
a sua coluna no blog, com tanta maestria tem nos mostrado os bastidores dessa
nossa politica(gem) crua e nua.
Gostaria que
pudesse me brindar com uma breve discussão sobre os recessos parlamentares, do
judiciário e claro também do executivo (que não executa nada, a não ser os
milhares de empregos e empregados), quanto à diferença entre o descanso anual
dos trabalhadores comuns. Refiro-me aos frequentes recessos por conta dos
feriados prolongados em que ao longo do ano contabilizam quase 60 dias de
férias. Soma-se a isso as benesses legais (adicionais disso e daquilo, etc.),
Minha grande questão: se o Brasil é um país com um Constituição Democrática por
que os direitos e obrigações não podem ser assim como ela determina?
Um grande abraço,
Madison L. Pereira
- Manaus/AM
...
Caro Hélio
Fernandes, você com vividíssimos 94 anos, eu com parcos 80.
Fui jornaleiro e
acabei jornalista. Aos 16 anos, em 1952, trabalhava para a agência
de jornais e revistas Vicente Polano, na hoje extinta Galeria Pirapitinguy,
travessa da rua João Bricola, em São Paulo. Com um carrinho de mão de varais
compridos eu distribuia pelas bancas de jornais do centro de São Paulo os
jornais Correio da Manhã, Tribuna da Imprensa, Diário Carioca e outro que não
me lembro. De madrugada, pegava os jornais na agência da Vasp na rua José
Bonifácio e fazia a minha via-crucis pelas bancas. Em agosto de 1954, aos 18 anos parei em uma banca de jornal lendo a morte de Getúlio. Em 1964 - comecei no
jornalismo em 1961 - Carlos Lacerda visitou a redação do Estadão e estendeu a
mão para todos os jornalistas, inclusive para mim. Uma vez, durante a redentora
(perdão) você chegou a ligar para mim na Agência Estado. Acho que você estava
"cheirando" o ambiente. Não me lembro do tema da breve conversa. Sem
querer me apropriar do seu precioso tempo, mas me apropriando, anexo uma
matéria que gostei de escrever sobre 64. Aliás, quatro. Se você puder, por
favor, me mande um ou dois artigos teus falando sobre a vida espartana de
Otávio Mangabeira. Não consegui localizar no teu blog. O nome Hélio Fernandes
sempre me assombrou desde os 16 anos.
abraço,
apóllo natali Mtb
9559
...
Senhor Jornalista
Hélio Fernandes
Em uma noticia em
seu blog diz que o Aécio teve em 2014, 42 milhões de votos e, na realidade,
foram 51 milhões contra 54 de Dilma, números esses “arrendodados” para baixo.
Muito obrigado,
senhor, muita sorte sempre.
Marinho Riera
...
O Senado homenageou Roberto Marinho in memoriam como um pilar
da democracia.
“Será que estes senadores estão brincando "
Todos sabemos que o biliardário acumulou fortuna com o
Canal 4 -TV Globo por "prêmio" por apoiar ostensivamente a 2 de
2964,recebendo o canal televisivo 1 ano após o golpe,em 1965..Tentou ,como
artifice do caso Proconsult,fraudar Leonel Brizola, Grande eemocrta (rsrsts(.Em
vez dw homenagem deveriam in memoriam coloca-lo na relação das investigações da
Operação Zelotes e um dos subir da,odores do CARF.
Hélio,sinto saudade das suas críticas a Marinho.Há 20 anos
você o chamava de. octogenário -biliardário.O que houve,mudaram seus
conceitos sobre a Globo (terrível)(PIG) ou você fez autocrítica?Eu sei que
Hildegsrd Angel houve escancra no blog dela.A Globo que apoiou 64 matou-lhe a
mãe,irmão e cunhada.Ela está lúcida.Eu lha mandei uma mensagem onde dizia
estar feliz por ela ter largado o PIG e naquela época elogiar em coluna social
as pdruas fe generais que foram algozes de seus entes queridos. Gostaria
que o grande jornalista me respondesse.
Abraços,
Marco Antonio de Magalhães Almeidas
Marco Antonio de Magalhães Almeidas
...
Caríssimo sr Hélio
Fernandes,
Não podia ficar alheio à está coluna,uma vez que o sentimento aliado a clareza do texto, é um espelho do que vem acontecendo em nosso pobre país.
Anteriormente podia acompanhar seus relatos e debates pela TV, hoje me foi por satisfeito em poder sempre que posso, ler e reler,textos como este, da nossa realidade nua e crua, mesmo sem golpe , sem entender mais quem é da esquerda,centro ou direita, fomos enganados e saqueados em nome do ufanismo do crescimento.
Vejo que meus 40 anos de trabalho e dedicação, serviu para me alimentar criar meus filhos, introduzi-los na sociedade, com melhores condições que as minhas, hoje fico preocupado, não só com a geração deles, como as que viram os suceder.
As nossas ditaduras e as nossas repúblicas, de tempos em tempos se alternam em nome de mudanças e melhorias, mas que na realidade, cada vez mais, a riqueza deste país, ficam mais concentradas na cada vez menor, casta dos ricos, políticos e poderosos e que hoje é 1% de nossa população.
Os interesses pessoais de cada um, desses 1%, covardemente em nome do restante da população, só os fazem enganar.
Vem uma nova eleição e não temos mais um idealista e líder sequer, para unificação da massa, perdida, com seus sonhos interrompidos, traídas pelos inúmeros discursos de estarmos em franco desenvolvimento e ao final, descobrimos que a traição, a mentira, falou mais alto e que os eleitos, não têm unidade, tentam resolver até no tapa,como temos visto esquecendo do país e processando uns aos outros.
O DNA de nossa política, mesmo com a retirada de alguns desqualificados, conseguiu fazer escola em Brasília e para lá, só vão os aprovados pelas facções, (partidos políticos), todos!
Se fossem para o bem do país, deveriam se chamar,' Unidos' e não Par Tidos.
Bom dia e um forte abraço,
Não podia ficar alheio à está coluna,uma vez que o sentimento aliado a clareza do texto, é um espelho do que vem acontecendo em nosso pobre país.
Anteriormente podia acompanhar seus relatos e debates pela TV, hoje me foi por satisfeito em poder sempre que posso, ler e reler,textos como este, da nossa realidade nua e crua, mesmo sem golpe , sem entender mais quem é da esquerda,centro ou direita, fomos enganados e saqueados em nome do ufanismo do crescimento.
Vejo que meus 40 anos de trabalho e dedicação, serviu para me alimentar criar meus filhos, introduzi-los na sociedade, com melhores condições que as minhas, hoje fico preocupado, não só com a geração deles, como as que viram os suceder.
As nossas ditaduras e as nossas repúblicas, de tempos em tempos se alternam em nome de mudanças e melhorias, mas que na realidade, cada vez mais, a riqueza deste país, ficam mais concentradas na cada vez menor, casta dos ricos, políticos e poderosos e que hoje é 1% de nossa população.
Os interesses pessoais de cada um, desses 1%, covardemente em nome do restante da população, só os fazem enganar.
Vem uma nova eleição e não temos mais um idealista e líder sequer, para unificação da massa, perdida, com seus sonhos interrompidos, traídas pelos inúmeros discursos de estarmos em franco desenvolvimento e ao final, descobrimos que a traição, a mentira, falou mais alto e que os eleitos, não têm unidade, tentam resolver até no tapa,como temos visto esquecendo do país e processando uns aos outros.
O DNA de nossa política, mesmo com a retirada de alguns desqualificados, conseguiu fazer escola em Brasília e para lá, só vão os aprovados pelas facções, (partidos políticos), todos!
Se fossem para o bem do país, deveriam se chamar,' Unidos' e não Par Tidos.
Bom dia e um forte abraço,
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Ruy Ferreira deixou um novo comentário sobre a sua postagem
":
Meu nobre Hélio.
Sei que você respeita a todos os democratas fardados. Mas, quero lhe avisar que não só oficiais foram admoestados por não concordarem com o arbítrio e a tortura. Nós, praças, também sofremos por defender a lei.
Meu nobre Hélio.
Sei que você respeita a todos os democratas fardados. Mas, quero lhe avisar que não só oficiais foram admoestados por não concordarem com o arbítrio e a tortura. Nós, praças, também sofremos por defender a lei.
...
Bom dia, Hélio Fernandes !
Pena a vigorosa Tribuna da Imprensa não circular pelas bancas (de
jornais). Mas a versão eletrônica dá mais rapidez a noticia pois veicula
simultaneamente com os fatos.
Sou filho de jornalista nordestino (já falecido) e leitor da TI desde
1978, auge da juventude e fervor da ditadura militar, concordando e, às vezes,
discordando de sua concorrida coluna diária. Porém, sempre leal aos teus
azeitados textos.
E continuo mantendo esse saudável hábito.
Mas, Hélio, gostaria que numa próxima edição, o senhor comentasse sobre
as nossas dívidas (externa e interna) tendo como suporte o movimento Auditoria
Cidadã da Dívida (http://www.auditoriacidada.org.br/),
capitaneado pela Srª. Maria Lúcia Fatorelli. Como o senhor é, sem dúvida,
o jornalista mais capacitado sobre a matéria, por viver o assunto há
décadas, a contribuição seria mais uma aula nesses momentos tormentosos que
estamos passando.
Satisfação em me dirigir ao senhor.
Mais saúde e paz !
Cordial abraço,
José Luiz Diniz Chances
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