Titular: Helio Fernandes

domingo, 17 de abril de 2016

Editoria: Helio Fernandes. Subeditoria: Roberto Monteiro Pinho
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Domingo: Especial impeachment - II

Até agora, muito falatório, nenhuma decisão
Hoje 17:46

HELIO FERNANDES

Às duas da tarde, como previsto, Eduardo Cunha dava a palavra ao apaniguado Jovair Arantes, escolhido por ele, relator da Comissão Especial. Depois de 22 anos de mandato, assumia posição de relevância. Na Comissão, não tinha nem tem capacidade para redigir esse relatório, mas leu-o durante 4 horas.

Dentista de profissão foi escalado pela subserviência. Ontem, reduziu às 4 horas a 30 minutos. Como também era previsto, Cunha negou autorização para o Advogado Geral  da União falar depois, já que sempre cabe á defesa falar por ultimo."Justificativa"de Cunha, com todas as aspas e paetês: "Jovair Arantes fala como julgador e não como relator, não pode  ser contraditado.

Depois vão discursando os lideres dos 25 partidos. Repetem o que disseram na Comissão e na primeira fase do julgamento que deve terminar hoje.

Dos dois lados, todos medíocres, mentirosos e mistificadores, repetem o lugar comum que usaram na Comissão, na primeira fase deste julgamento e agora na ultima oportunidade. Sem imaginação, talento ou criatividade, têm a mesma fórmula, batida e cansada. Os que defendem o governo, afirmam: "Querem impedir que usemos o poder que conquistamos nas urnas, com 54 milhões de votos. Só queremos servir o povo do Brasil".

Farsantes. Energúmenos. Sem palavra,esquecem que o país chegou a esta situação catastrófica, precisamente porque não usaram o poder, pregaram o imobilismo.

Os que se dizem da oposição, atormentam a todos com o chavão coletivo, despudorado, irritante debochado, totalmente inverídico: "Estamos aqui para uma ultima oportunidade de salvar o país. Queremos construir o Brasil do futuro, para nossos filhos e netos". Inacreditável. Há essa hora, 4 e 15, o Instituto verificador de audiência instantânea, me informa: "O numero de aparelhos de televisão ligados é dos maiores de todos os tempos, no Brasil inteiro. Na TV aberta ou por assinatura.

Proporcionalmente, ultrapassa as grandes novelas da Globo, o numero de aparelhos e de assinaturas, cresceu muito". Em casa, milhões, em pleno sofrimento, estarrecimento, constrangimento. E até arrependimento, 104 milhões votaram em Dilma e no "jovem presidenciável Aécio Neves". E agora essa farsa que não tem fim, qualquer que seja o resultado de hoje. Apenas um episódio, continua.
               
Às 17,15, 488 deputados no plenário. Cunha anunciou nova chamada para intimidar os "ausentes"

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