Titular: Helio Fernandes

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

ANÁLISE & POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO

A crise e suas conseqüências alarmantes

Por decisão do Conselho Universitário, foi entregue carta ao governador Luiz Fernando Pezão. O documento assinado pelo Conselho da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) comunicou às autoridades e à população que “as suas atividades ficarão impossibilitadas nas diversas unidades acadêmico-formativas e administrativas”, devido à falta de pagamento, desde novembro, dos salários, bolsas e verbas de custeio. A instituição não anunciou a paralisação das atividades, mas informou no ofício que as condições atuais de trabalho estão prejudicando o funcionamento e podem levar a uma suspensão dos trabalhos.
Solução parece distante
A posição foi tirada na reunião do Conselho Universitário, no dia 6 de janeiro, e inclui o Hospital Universitário Pedro Ernesto e a Policlínica Américo Piquet Carneiro. A carta reafirma “a necessidade do pagamento integral de seus servidores (ativos e inativos) e a liberação dos recursos orçamentários necessários ao funcionamento imediato e permanente da Uerj” para “evitar tal situação de uma paralisação total“.
Pendência ultrapassa R$ 100 milhões
Segundo a sub-reitora da Uerj, a folha de pagamento de salário do pessoal docente e técnicos administrativos ativos e inativos é de R$ 80 milhões por mês e a verba para manutenção e custeio de todos os campi da universidade é de R$ 23 milhões.
Maia candidato único se reelegerá com apoio do bonde do Temer
O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), considerou que a candidatura à reeleição do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem se consolidado nos últimos dias.  A disputa pelo comando da Casa, assim como a do Senado, foram temas de conversas realizadas entre o tucano e o presidente Michel Temer em encontro no Palácio do Planalto. "Em relação à Câmara as conversas estão em andamento. É a bancada da Câmara que irá se manifestar, mas vejo hoje ganhando consistência a candidatura do atual presidente Rodrigo Maia", disse Aécio após deixar sorridente o gabinete de Temer.
Sucessão em 2018 poderá ser com Aécio
Políticos próximos do senador mineiro Aécio Neves (PSDB), articulam para ser o nome escolhido da legenda para a próxima corrida pela Presidência da República. Também estão no páreo o governador de São Paulo, dois “pesos pesados”, Geraldo Alckmin, e o ministro de Relações Exteriores, José Serra. Sucessão a parte, o eleitor atento, não sinaliza com este ou aquele nome apontado pelos que especulam a eleição presidencial de 2018. No fechamento da coluna o editor fez contato com importante fonte em Brasília, que garantiu, “ele Aécio já é o nome de consenso”.
PT vai lançar Lula à Presidência da República
Mesmo após ser desintegrado nas eleições de outubro de 2016, quando o partido perdeu 80% de sua base, um grupo de petebistas saudosistas que criaram o movimento “Muda PT”, vão lançar o ex-residente Luiz Inácio Lula da Silva a Presidência da República no dia 20 de janeiro, durante a reunião do Diretório Nacional do partido, em São Paulo.
Sem o PDT e PSOL
O PDT e o PSOL devem lançar candidaturas próprias ao Planalto em 2018. As frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo ainda não discutiram a proposta. Integrantes das organizações lembram que as frentes são compostas por entidades ligadas a outros partidos como PSOL e PCdoB. Na falta de uma ampla aliança partidária, o “Muda PT”, já decidiu pela candidatura de Lula e defendem a centralidade dos movimentos sociais na campanha.
10 anos da tragédia do Metrô paulista
Em 12 de janeiro de 2007, dez anos após a tragédia com o desabamento no túnel de construção da linha 4-amarela do Metrô Paulista quando ceifou a vida de sete pessoas, a justiça ainda não determinou a indenização a todas famílias das vitimas. Além das vitimas fatais, ao menos 94 imóveis foram impactados pelo desabamento, sendo 58 residenciais. Mais de 271 pessoas foram diretamente afetadas e mais de 60 famílias precisaram ser reassentadas por causa dos danos.

Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Camargo Correa e Andrade Gutierrez na cena do crime

Obras de construção da Linha 4-Amarela do Metrô foram iniciadas em 2004 por consórcio liderado pela Odebrecht. A justiça inocentou todos os 14 réus (cinco funcionários da estatal de médio ou baixo escalão, como gerentes e fiscais) e (nove) do consórcio construtor ou de empresas terceirizadas (engenheiros, projetistas e um diretor) haviam sido acusados de responsabilidade no acidente. As obras na Linha 4-Amarela eram de responsabilidade do Consórcio Via Amarela, liderado pela Odebrecht e integrado também por OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez.

Demissão em massa de servidores públicos

O Supremo, e a ministra Carmem Lúcia, dão sinais claros de que estão afinadíssimos com o governo Temer. Confiante na aliança o governo de Michel Temer e o Supremo Tribunal Federal iniciaram o maior enxugamento do funcionalismo público do Brasil. À frente da operação está o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Tudo depende ainda da aprovação do acordo da União com o estado do Rio de Janeiro. Esse compromisso incluirá a redução da jornada de trabalho e dos salários dos funcionários públicos do Rio. Também está previsto o aumento da contribuição previdenciária dos funcionários públicos, que hoje é de 11%.

CEDAE será privatizada e FINANCIADA com dinheiro do BNDS

Como o estado do Rio "está quebrado", enfiaram também no acordo a


A privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) poderá acontecer nos próximos dias. A venda, segundo estimativas dos técnicos que elaboram o editar e toda documentação da operação, pode chegar a render R$ 5 bilhões. O responsável pela venda será o BNDES. Para concretizar a operação está a caminho um plano de demissão voluntária e o corte de funcionários terceirizados.

Por traz do negócio está o Banco do Brasil, para quem o Rio deve R$ 10,8 bilhões. Fechado o grande acordo, o Banco do Brasil poderia fazer um novo empréstimo para o Estado, justamente para financiar os programas de demissão voluntária e para bancar o alongamento de dívidas do Rio. Em troca de tudo isso, o estado do Rio ficará de três a cinco anos sem pagar os juros da dívida com a União e outras instituições federais.

Na esteira está à redução do quadro do funcionalismo público

O funcionalismo público do Brasil entra no pacote da negociação, serão despejados do emprego. Para que isso ocorra basta o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir pela legalidade da redução de jornada e salários, no Rio caso do Rio, e vão se seguir acordos similares em boa parte dos estados, a começar por Minas Gerais e Rio Grande do Sul. E se pode fazer isso com funcionário estadual, porque não poderia se fazer o mesmo com o funcionário da união, ou o funcionário municipal?

Milhares serão apagados do sistema

Com a aprovação da PEC do teto de gastos tudo pode acontecer. Vamos lembrar em números: de cada cem trabalhadores brasileiros, doze são funcionários públicos. É a média dos países da América Latina. Onde o atendimento à população também deixa muito a desejar. Nos países desenvolvidos, a média é de 21 funcionários públicos para cada cem trabalhadores. E nos países mais desenvolvidos do planeta, como Dinamarca e Noruega, mais de um terço da população economicamente ativa trabalha para o governo. Não dá pra gente chegar lá do dia para a noite, mas é uma questão-chave: em que tipo de país queremos viver, na Bolívia ou na Suécia?

Vaias para Lula!!!

Quem ainda pensa que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pode aparecer em público sem ouvir poucas e boas, se engana. Um grupo de aproximadamente 50 pessoas fez um protesto contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na abertura do 33.º Congresso da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), em Brasília. Aos gritos de "Fora Temer, Fora Todos" e "Lula não nos representa", os militantes da Central Sindical e Popular-Conlutas (CSP) viraram as costas quando Lula começou a falar. Acabaram hostilizados pela selecionada platéia petista e tiveram de se retirar do auditório do Centro de Convenções Ulysses Guimarães.

Crivela monta defesa para inibir arrastões na zona sul do Rio

Um forte esquema de segurança reunindo a Guarda Municipal e a Policia Militar começou a funcionar no dia 14 (sábado) para combater os arrastões nas praias da zona sul do Rio de Janeiro. Os agentes da Guarda Municipal operam com auxílio de radiotransmissores sintonizados na mesma freqüência da Polícia Militar, para facilitar e integrar as duas instituições de segurança, agilizando a tomada de decisões em caso de possíveis tumultos.

Os secretários de Assistência Social e Direitos Humanos, Tereza Bergher, e de Ordem Pública, Paulo Cesar Amendola, se reuniram no dia 13 (sexta-feira) e serão os coordenadores do plano de segurança ao lado da Guarda Municipal e a Polícia Militar.



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