Titular: Helio Fernandes

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

O carnaval da Lava-Jato, a quarta feira de cinzas, de Temer, Odebrecht, TSE

HELIO FERNANDES

Começa hoje, tumultuado, angustiado, desesperado, políticos com mais medo do silencio do sigilo, do que dos milhões que se divertem, de forma estrondosa e barulhenta. E como sempre termina na quarta feira de cinzas, agora com uma novidade, que atinge ou pode atingir muitos políticos, principalmente o presidente indireto, sem eleição e sem votos.

O relator do processo de cassação da chapa Dilma, Ministro Herman Benjamin, honrou seu titulo e sua função, intimou Marcelo Odebrecht para depor nesse processo. De acordo com informações anexadas nas investigações feitas pelo TSE, ele sabe muito sobre a "dinheirama" desperdiçada pelos dois, na campanha presidencial de 2014.

Cauteloso, consultou o Ministro Fachin, o Procurador Geral Janot, o juiz Federal, Sergio Moro. Os três responderam que não havia INCONVENIENTE, intimou o responsável pela "delação do fim do mundo". Como estávamos e estamos em pleno carnaval, marcou o depoimento para a quarta feira de cinzas.

SE NÃO HOUVER "PROTEÇÃO", NA CERTA HAVERÁ CASSAÇÃO

 As informações e informes que surgem do TSE, não deixam duvidas: computados os votos dos atuais 7 Ministros, a cassação será consumada, como já teria ocorrido, se Toffoli e Gilmar Mendes não participassem do TSE como presidentes. O pedido de cassação, assinado e encaminhado por Aécio Neves logo depois da derrota, está completando 2 anos.

Nesse tempo, Toffoli e Gilmar, atravessaram de todas as maneiras o desfile do processo. Gilmar, que assumiu em maio de 2016, fez o possível e o inimaginável, para que Temer não perca o mandato ilegítimo, quer dizer, duas vezes ilegítimo. O de vice, com dinheiro de propina. E o de presidente indireto, apropriado pela conspiração parlamentar. Só está sendo julgado pelo primeiro. 

O JUIZ VISITA O RÉU

Nesses 10 meses em que preside o TSE, Gilmar deu todas as manifestações de sua cumplicidade no NÃO julgamento do processo. E para deixar bem clara a parcialidade, visitou Temer varias vezes, num dos seus esplendidos palácios. E mais: precisando visitar a filha que mora na  Alemanha, pegou "carona"no avião presidencial. Temer ia a Portugal, no velório do grande Mario Soares.Temer ficou menos de 1 hora, Gilmar nem fingiu, não deu sequer uma"passada" no velório.

A opinião publica está mais ligada nesse processo do que imaginam. E Temer. Alem das ajudas de ministros amigos, é favorecido pelo destino. Dois ministros terminam o mandato até maio, têm que ser substituídos pelo próprio Temer, que encontrará facilmente, dois novos Alexandre Moraes. (Assim em minúscula). Mais uma vez, o RÈU escolhendo os juízes. 

E depois do excelente esforço do relator, e do conhecimento dos outros Ministros, a indispensável colocação na pauta para julgamento. Isso cabe e caberá exclusivamente ao presidente, que não tem prazo para isso. Basta lembrar duas oportunidades em que Gilmar estarreceu o Supremo.

1- Num processo em que o "seu lado" perdia de 7 a 1, pediu vista. E só devolveu 14 meses depois.2- Dona Dilma nomeou Lula Ministro Chefe da Casa civil,  era um  direito dela. recorreram ao Supremo. Relator: Gilmar Mendes. Não decidiu, engavetou o recurso, foi viajar, Estarrecimento geral. (O Ministro Celso Mello, que iria aprovar a nomeação de Lula, votou agora a favor  de Moreira Franco).

Como aceitar nesse mesmo Gilmar, agora Presidente do TSE?

 Meirelles e a CPMF

Foi a São Paulo, tentar convencer empresários, que conhecem a realidade melhor do que ele, que “a recessão é coisa do passado". Como sentiu desconfiança, resolveu agradá-los. E repetiu pela terceira vez: "Não estamos pensando em recriar a CPMF, NO MOMENTO". 

A chave da frase é essa duvida ou mostrar a sua disposição de não criar mais impostos, que recairiam, segundo ele, principalmente sobre os "empresários, que tanto ajudam o país". Com menos de 30 dias no governo, criticou a CPMF. Meses depois, insistiu na farsa de que não recriaria a CPMF.

Agora vem com o mesmo assunto, não esquecendo de dizer, NO MOMENTO, "foi uma grande batalha não implantar a CPMF". Se for obrigado a colocar em ação o imposto, dirá, "lutei mas fui vencido". Não ha nenhuma possibilidade desse imposto voltar, seria uma contradição com o otimismo vazio, dele e do indireto.

RENAN E EDISON LOBÃO, TRAMAM A APROVAÇÃO DO ANTI LAVA-JATO

Trata-se de votar imediatamente, o projeto que Renan ainda presidente do Senado, retirou do arquivo, 8 anos depois. Chamou de projeto contra o "abuso de autoridade", mas na verdade era um canhão para atingir a Lava-Jato. 

Aprovado na Câmara, foi para o Senado, Renan pediu URGÊNCIA para a votação. DERROTADISSIMO, teve que abandoná-lo.

Ontem o próprio Renan e o presidente da CCJ, decidiram colocar o projeto na pauta da Comissão. E garantem que agora sairão vitoriosos. não duvido. O fato de ainda estarem livres, prova de força.

O NOVO MINISTRO DA JUSTIÇA

“Quando Temer declarou,” o Ministro da Justiça será escolhido diretamente por mim, duvidei. E cometei:"Então será alguém SUBSERVIENTE ou SURPREENDENTE". Falhou varias vezes, inicialmente tentou nomear o mesmo que foi vetado no inicio do governo. Aconteceu que o fato se repetiu agora,O personagem é  um jurista, que assinou manifesto contra a Lava-Jato. 100 assinaturas insensatas ou despudoradas.

 Foi errando e se conflitando com muita gente. Até que deixou a escolha com o PMDB, desde que não tivesse envolvimento, citação ou ligação com a Lava-Jato. Aí o campo ficou restrito. E surgiu um Ministro SURPREENDENTE, mas de forma totalmente positiva. Seu nome, Osmar Serralho.

 Está no quinto mandato. No segundo se destacou presidindo uma CPI importante que produziu notáveis resultados. Não é corrupto, nem faz política com espírito de ódio ou vingança, apesar de ser sempre injustiçado. Cotado para governador do Paraná, duas vezes para prefeito de Curitiba, torpedeado internamente.


PS- Com a saída de Serra do Ministério do Exterior, outro conflito, tumulto e confusão no governo. Como não têm quadros ou personagens importantes, falam até no Corruptasso. Que Republica.

PS.: VOLTAMOS NA SEMANA APÓS O CARNAVAL  

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