Titular: Helio Fernandes

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

TEMER NÃO ABANDONA MANCHETES NEGATIVAS, TENTA, SEM SUCESSO, FUGIR DA CONSTATAÇÃO DA CORRUPÇÂO

HELIO FERNANDES

Alem dos fatos conclusivos e pejorativos, não se satisfaz, caminha sem constrangimento, pelo ridículo, burlesco, farsantes, como a carta que enviou aos 513 deputados e 81 senadores. (Uma trabalheira de redação para Moreira Franco, que tem que se defender com ele, na segunda denuncia).

Essa carta foi entregue aos parlamentares na véspera da sessão da CCJ. È lamento puro, exibição de sentimentos falsos, na tentativa de convencer aos que votarão, "sou vitima de perseguição e conspiração dos que pretendem me derrubar da presidência". Ele não redige, mas atrapalha os que executam esse trabalho.

O redator não queria usar a palavra conspiração, base da sua união com Eduardo Cunha, ponto de partida e chegada, e da promoção de vice a presidente com todas as aspas possíveis e imagináveis. E não por acaso ou coincidência e sim por obsessão, o impeachment de Dona Dilma, começou também com uma carta

A sessão da CCJ completou exatas 6 horas de discursos vazios ou comprados. E ninguém tem a menor ideia até que horas irá. Ou se dará tempo para  o relator ler seu exaustivo trabalho,  complementando com a votação.

Não tem a menor importância, terminarão amanhã.  Hoje, Temer divide as atenções com outro fato importantissimo: o julgamento  de Aécio Neves no Senado. Também inconclusivo no tempo  e na decisão.  

Temer finge que luta para salvar o mandato de Aécio. Mas contraditoriamente, afirma: "Não tenho  nada com esse fato, é exclusivo do Legislativo".

A INDECISÃO SOBRE O FUTURO DE AECIO

Exatamente ás 17 horas, o presidente Eunicio abria a sessão para julgamento do que foi decidido pelo Supremo no dia 1. Mas desde as 9 da manhã, quase 40 senadores discutiam o assunto nos bastidores. Alem do mérito, contra ou a favor do senador de Minas, havia grande duvida: dará tempo para o julgamento ou será necessária prorrogação?

E não é só o tempo que pode  exigir prorrogação. Os números podem ser influentes. Para que haja placar vitorioso, é preciso que anuncie 41 votos para um lado ou para outro. Se esse número 41 não aparecer, será indispensável nova sessão. 9 senadores estão em viagem oficial, e 3 comunicaram que não comparecerão.

Portanto, terão que juntar 41 de 69 e não de 81. Mais difícil. Considero que vai depender do tempo que os senadores usem da palavra. O resto é mais fácil. Não haverá "orientação das bancadas", o voto será pelo painel, 1 ou 2 minutos.

PS- Levaram 2 horas e 15 minutos votando. Mas aí começou outra trajetória, a do exibicionismo.

PS2-  Em vez de revelarem o resultado, começaram um falatório disparatado, apenas para aparecer.

PS3-  Começou com o impoluto Renan Calheiros, satisfeitissimo. Há 10 anos responde a 9 acusações  e jamais foi julgado. E se orgulha disso.

PS4- Muitos que espalhafatosamente que se apresentavam como julgadores, já deviam ter sido julgados e condenados.

PS5- Finalmente  proclamado o resultado. Votaram 71 senadores, 44 a favor da imunidade  e impunidade de Aécio Neves. Nada surpreendente.


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