Titular: Helio Fernandes

terça-feira, 7 de novembro de 2017

PT NÃO SABERIA VIVER SEM LULA NO PODER. COM DILMA FOI UMA EXPERIÊNCIA DESASTROSA. ALIANÇAS A VISTA, COM O PMDB, SERÁ CRUEL E DEGRADANTE. LULA E GOLBERY TRAMOU A DIVISÃO DO TRABALHISMO A PARTIR DE 1979.

ROBERTO MONTEIRO PINHO

Petista históricos, fundadores da agremiação, e responsáveis em 1980 pela elaboração do programa do Partido dos Trabalhadores ao lado de Lula, admitem que o líder petista se deslumbrasse com o poder e acabou em desgraça, conforme vem sendo revelado nas investigações da Lava Jato.

São eles os articuladores do o líder do NMST ara substituir Lula, na candidatura a presidência da República em 2018. Na verdade a estrela vermelha não ira sobreviver com Lula fora do poder.

Desde então existem no PT quatro correntes ideológicas: o social-liberalismo, o desenvolvimentismo, a social-democracia e o socialismo. Muito embora os intelectuais sejam independentes, mas usa essas forças para seus projetos, hoje, esvaziados, diante da tormenta, iniciada a partir do nefasto “mensalão”, criado por José Dirceu para dar sustentação e apoio ao governo petista com Lula.

A história dos partidos da classe trabalhadora brasileira se aproxima de um século de vida. Esse movimento Inclui os anarquistas e os socialistas, assim como setores vinculados à tradição democrático-radical, nacionalista, cristã e sindicalista. Os subgrupos e as defecções a exemplo de Marina da Silva criaram novas lacunas no PT.

Cabendo ao trabalhismo, o comunismo e o petismo, esse último uma essência ideológica, arrebatada do escamoteado Partido Trabalhista Brasileiro - PTB que em 1979 foi tirado de Leonel Brizola e entregue através de manobra do mentor da ditadura militar de 64, general Golbery do Couto e Silva, que agilmente desmantelou essa frente oposicionista entregando a sigla para a fisiológica Ivete Vargas.

Quando Brizola perdeu a sigla e fundou o PDT, eu mesmo conversei com o líder petebista e sugeri seguir sua intuição, o mesmo assunto foi tratado na presença de José Gomes Talarico, Bocayuva Cunha e Dotel de Andrade todos considerados no topo da cúpula de Brizola.

Os que comungam com as inspiradas manobras de Golbery, citam a possibilidade de que o líder do Partido dos Trabalhadores teria sido apadrinhado pelo general, dando-lhe proteção, desde que se opusesse a Brizola e o PTB, ficaria com caminho livre para construir o crescimento do PT. Usou o hábil articulador da extrema direita, o “dividir para governar.”

A política adotada pelo PT em sua primeira década de existência, especialmente a partir do 5º Encontro Nacional (1986), foi baseada no programa democrático-popular e socialista e numa estratégia que articulava luta social, luta institucional, disputa político cultural e organização partidária.

Com o péssimo governo da presidente Dilma Rousseff, a corrupção que envolveu seu governo, as sonoras declarações de que “não sabia de nada”, fez com que o PT entrasse em rota de colisão aos seus propagados princípios de honestidade. Em suma foi uma experiência desastrosa e por isso muitos não perdoam Lula.

Dilma não só se destruiu, mas também levou o PT ao maior fisco eleitoral, quando em 2016, nas eleições municipais, elegeu apenas depois prefeitos de pequenas cidades do interior do nordeste. Ela se constitui no pior de tudo para a imagem do PT.

Agora o PT volta com Lula, cabisbaixo, navegando em caravana pelo interior do país, num místico de fuga e ao mesmo tempo complementando sua amarga biografia, de momento.

Envolvido em escândalos de corrupção, citado nas delações dos seus mais íntimos colaboradores, fazendo com que a operação Lava Jato se concentrasse prioritariamente as suas ações quando foi presidente por dois mandatos.

“Já existe corrente no partido que não concorda com os gritos de: “golpe”, “volta Dilma”, “fora Temer”,  impeachment” e “diretas já”. Para eles ao fazer essas colocações, o PT avoca para si, a revolta da sociedade que não confia mais na classe política. Seria ”o roto falando do esfarrapado”.

O fato é que os mais otimistas dos militantes do PT não acreditam numa retomada do partido em 2018.  As estimativas são de que provavelmente o partido não faça sequer um governador, sua bancada na câmara seja reduzida em 10% e no senado em 20%.

Agora a cúpula petista acena com a possibilidade de fazer aliança com o PMDB. Nada mais cínico e cruel, para seus correligionários ver o partido entregue ao seu maior vilão o partido de Eduardo Cunha, no impeachment de Dilma

O petismo é LINEARMENTE um espectro de sua própria maledicente conduta pública.


Nenhum comentário:

Postar um comentário