Titular: Helio Fernandes

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

ANÁLISE & POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO

Pesquisa revela que Temer atinge 71% de rejeição



Pesquisa divulgada pelo instituto Datafolha no domingo (3) mostrou que o presidente Michel Temer tem seu governo avaliado como ruim ou péssimo por 71% da população, enquanto apenas 5% considera a gestão ótima ou boa. Outros 23% dos brasileiros avaliaram como regular e 1% não soube responder.  O instituto fez 2.765 entrevistas em 192 cidades durante os dias 29 e 30 de novembro. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais, seja para cima ou para baixo.

Setembro

Na pesquisa divulgada no mês de setembro, o instituto havia apontado uma rejeição de 69% dos brasileiros, ou seja, os que avaliaram o governo como ruim ou péssimo. Na época, 20% consideravam o presidente como regular, enquanto os mesmos 5% o avaliaram como bom ou ótimo e 2% não conseguiram responder.

Agosto

Em agosto, a pesquisa também havia indicado que 69% de brasileiros consideravam o governo atual como ruim ou péssimo, mas 23% avaliavam como regular, enquanto outros 7% acreditavam que a gestão era boa ou ótima. Na época, os mesmos 2% não souberam como responder.

Reforma da Previdência

No evento que fez a entrega da casas no programa Minha Casa Minha Vida na cidade de Limeira interior de São Paulo, o Michel Temer afirmou que o governo vai verificar se tem o apoio necessário para a aprovação da reforma "até quinta ou sexta-feira" (7 e 8 de dezembro). "Vamos fazer o possível e o impossível para poder aprovar. Teremos reunião com o presidente da Câmara e do Senado, que estão entusiasmados. Entusiasmados em nome do Brasil", afirmou o presidente.

Aprovação do texto depende de 308 votos

A reforma da Previdência se trata de uma proposta de emenda à Constituição (PEC). Por este motivo, é necessário que o projeto seja aprovado em duas votações distintas, que acontecem na Câmara e no Senado. Na primeira fase, é necessário conquistar ao menos 308 dos 513 deputados para que o texto siga adiante.

Maia pessimista

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) demonstrou pessimismo com a aprovação. Recentemente, Maia afirmou que "falta muito voto" para que a proposta obtenha autorização para seguir ao Senado. Ele disse ainda que só pretende pautar o projeto no plenário quando puder assegurar que o governo tem o apoio necessário para que a reforma seja aprovada. Caso isso não aconteça, é possível que a votação fique para o próximo ano.

O PSDB...

Sobre a permanência do PSDB na base aliada do governo, o governador de São Paulo Geraldo Alckmin no encontro de tiveram no sábado (2) disse a Michel Temer que o presidente pode contar com o partido. As afirmações foram feitas durante a entrega de moradias na cidade de Limeira, interior de São Paulo.

Numa aliança MPDB e PSDB o candidato seria Alckmin

O principal motivo pelo qual o presidente tem interesse na permanência do PSDB em sua base aliada é a aprovação da reforma da Previdência. Além disso, uma possível aliança entre PSDB e PMDB na eleição presidencial do próximo ano também não está descartada. Neste caso, Alckmin seria o candidato escolhido. Em convenção nacional que acontece no próximo dia 9, o governador de São Paulo deve ser anunciado como o novo comandante de seu partido.

Padilha...

Uma declaração do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, na última quarta-feira (29), foi de encontro ao que disse Geraldo Alckmin neste sábado. Padilha havia afirmado que o PSDB já não estaria mais na base do governo. Ele disse ainda que Alckmin teria apoio do PMDB nas eleições apenas se defendesse o governo Temer.  

Nunes...

Já o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, que também é do PSDB, manteve a linha defendida por Alckmin durante a entrega das casas em Limeira. Nunes, na última quinta-feira (30), havia afirmado que o partido não tinha rompido com o governo atual. "O PSDB não rompeu com o governo. O partido apóia o programa do governo", garantiu o chefe do Itamaraty ao ser questionado por jornalistas sobre o posicionamento da legenda.

Aloysio Nunes disse ainda que "cabe ao presidente" decidir sobre a manutenção de nomes do PSDB em sua equipe ministerial. Atualmente, além de Nunes, outros dois peessedebistas chefiam ministérios no governo: Antônio Imbassahy (Secretaria de Governo) e Luislinda Valois (Direitos Humanos).

Jereissati...

O chefe do Itamaraty é um dos tucanos mais fiéis a Temer, tendo integrado a comitiva do presidente em viagens para fora do Brasil e se revoltando contra integrantes de seu próprio partido para defender o governo. Assim foi em agosto, quando o então presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), divulgou propaganda partidária com críticas a Temer.

Aécio e Temer 

Um dos principais fiadores da ascensão de Temer à Presidência da República mediante ao impeachment de Dilma Rousseff, o PSDB passou a conviver com a possibilidade de romper a aliança com Planalto a partir de maio deste ano. Naquele mês, tanto Michel Temer quanto o então presidente nacional peessedebista, senador Aécio Neves (MG), viram-se cobertos de suspeitas devido à divulgação das delações de executivos da JBS. 

Aécio se afastou da liderança tucana e abriu espaço para o senador Tasso Jereissati (CE) assumir o posto interinamente. Tasso passou a usar o cargo de destaque para defender o rompimento do PSDB com o governo, chegando a veicular na televisão uma propaganda do partido recheada de críticas a Temer. O material não passou pelo crivo de outros integrantes da cúpula tucana.
Ex- Globo e Del Nero envolvidos em pagamentos ilícitos
O ex-funcionário da empresa argentina Torneos y Competências (TyC) José Eladio Rodríguez, testemunha de acusação no julgamento do ex-presidente da CBF José Maria Marin, apresentou na quinta-feira (30) no Tribunal Federal do Brooklin, em Nova York, planilhas que registram pagamento de US$ 1 milhão ao ex-executivo da Rede Globo, Marcelo Campos Pinto. O atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, também aparece como destinatário de pagamentos ilícitos.
O Grupo Globo
Marcelo Campos Pinto negociou a compra de direitos de transmissão para o Grupo Globo até o final de 2015, quando deixou a empresa. De acordo com documentos apresentados por José Eládio Rodríguez, ele seria o "MCP" que consta na planilha de pagamentos ilegais da empresa argentina - inicialmente havia dito que a sigla era referente a Marco Polo Del Nero; depois corrigiu. Os pagamentos teriam sido feitos em 2013. Mas o ex-funcionário da TyC, encarregado de fazer as remessas da empresa, disse ao júri que não conhecia Marcelo Campos Pinto.
Nas planilhas também apareceu referência a "MP", que seria Marco Polo Del Nero. Ao depor no dia anterior, na quarta-feira, José Eladio Rodríguez afirmou ter pago US$ 4,8 milhões em propinas para Del Nero e José Maria Marin. Nesta quinta, a defesa do ex-presidente da CBF, que cumpre prisão domiciliar em Nova York, voltou a dizer ao júri que era Del Nero, e não Marin, que recebia propinas.
Diego Costa e Pepe na lista dos mais odiados do futebol

A revista inglesa Four Four Two selecionou as 50 personalidades mais odiadas do mundo do futebol. De diferentes partes do planeta, os nomes da relação aparecem por terem acumulado antipatia pelo público geral, torcedores e adversários. Na lista, aparecem ainda dois brasileiros 

Embora se trate de jogadores que não defendam a seleção nacional, ambos nasceram no Brasil. O luso-brasileiro Pepe aparece na 46ª posição e o naturalizado espanhol Diego Costa é o 18º mais odiado do futebol futebol mundial. Confira o que a publicação britânica falou sobre os dois atletas, que defendem o Besiktas e o Atlético de Madri, respectivamente. 

Top 5


A lista é liderada pelo ex-presidente da Fifa, Joseph Blatter. Seguido do ex-cartola da Federação Internacional de Futebol, aparece o treinador português José Mourinho. A terceira colocação fica por conta do ex-goleiro alemão Harald Schumacher. O ex-jogador e ex-presidente da Uefa, Michel Platini, aparece em quarto lugar e a quinta personalidade mais odiada do esporte é o apresentador inglês Richard Keys.

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